terça-feira, 26 de maio de 2009

Líderes, gerentes ou chefes.

Resumo do Artigo:
“Líderes, gerentes ou chefes”
(Folha de São Paulo, 15/01/2009)
RENATO JANINE RIBEIRO

Para Janine FHC e Lula definiram um alto padrão para a função presidencial: O de Líder. São os grandes líderes políticos contemporâneos, esse papel é referência e modelo para quem quiser o cargo em 2010.
A futura candidata a presidência Dilma Rousseff apesar de seus méritos, seria um problema para o PT (Partido dos Trabalhadores), segundo o professor-filósofo Janine, Dilma não é “líder”… não sabe persuadir, liderar.
Um presidente tem de ir além do seu partido, e não só porque vai costurar uma coalizão, mas porque precisa lidar com um país complexo e liderar. Assim foi FHC e Lula.
Janine imagina o Fernando Hadad como o “chefe” disputando esse papel como o único ministro importante que tem mídia constante e favorável, graças em parte a uma ótima assessoria. Mas um chefe não é um líder. Um chefe dá ordens, nomeia, demite. Um presidente, não.
Presidentes se forem líderes, não mandam. Falam. Seduzem. É estratégia, não tática; é persuasão, não ordem. Não é disciplina, é conciliação.
Nas ditaduras o mando é do chefe. Nas democracias o poder é dos líderes. O Brasil não vive na ditadura há tempos.
A questão é: o PT tem um líder a propor para 2010? Difícil. Talvez Dilma tope ficar um mandato só. Haddad, não.
A alternativa é eleger alguém de oposição. O PT sairia do governo, recuperaria as raízes, Lula seria candidato natural em 2014. Mas quem a oposição tem? Serra, seu nome óbvio, lembra Dilma. Gerente, chefe, seu forte não é a persuasão. Serra é um “gerente” com esforço, talvez se torne líder.
Na oposição, quem hoje parece mais talhado para líder é Aécio.
Janine deixa claro que o Brasil precisa de líderes, não de chefes.

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